Milhares de opositores cercaram nesta segunda-feira (24) o Parlamento da Tailândia para impedir a entrada dos legisladores. A iniciativa foi organizada pela Aliança Popular para a Democracia. A sessão no Parlamento foi cancelada. O grupo adiantou que fará outros protestos em escritórios do governo por toda a capital, Bangcoc, em uma nova investida de sua campanha de um mês para derrubar o governo.
A polícia protegeu o Parlamento, enquanto os manifestantes bloqueavam as portas de acesso ao edifício e cortavam os fios elétricos nas ruas, para provocar um apagão. Muitos estavam com máscaras e óculos de natação, para se proteger do gás lacrimogêneo e permanecerem anônimos.
“Essa é a campanha definitiva”, disse o líder do protesto Somsak Kosaisuk, aos manifestantes, na frente do Parlamento. “Estamos aqui por muito tempo. Temos sido pacientes. Mas eles roubaram o país a tal ponto que não podemos mais suportar”, afirmou Somsak. “Prometo a vocês que isso acabará logo.”
O vice-presidente da legislatura, Samart Kaewmeechai, disse que a sessão foi cancelada porque os membros do Parlamento não conseguiram entrar no edifício. Outras manifestações simultâneas ocorreriam no Ministério das Finanças, na sede da polícia de Bangcoc e outros edifícios do governo.
Os manifestantes ocuparam o escritório do primeiro-ministro durante três meses. Eles acusam o titular do cargo, Somchai Wongsawat, de ser um fantoche do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. Também acusam Thaksin, deposto por um golpe militar em 2006, de corrupção e abuso de poder.