Oposição pode desocupar prefeitura em Kiev

Um importante líder da oposição na Ucrânia disse neste sábado que os manifestantes estão prontos para desocupar o prédio da prefeitura de Kiev, onde manifestantes permanecem há cerca de três meses. A saída, porém, está condicionada à retirada de acusações por parte do governo contra todos os participantes de protestos.

Esta semana, os últimos de um total de 234 manifestantes detidos foram libertados da prisão como parte de uma anistia. A lei de anistia também exige que a oposição libere os prédios ocupados em Kiev e em outras cidades do país.

Oleh Tyahnybok, líder do partido nacionalista Svoboda, disse este sábado que a oposição está pronta para deixar a prefeitura de Kiev, usada pelos manifestantes como dormitório, desde que os processos criminais contra os que aderiram aos protestos sejam retirados. Ele acrescentou que a decisão final deve precisar de aprovação dos manifestantes na Praça da Independência, conhecida como Maidan.

“Se tivermos a garantia de que, assim que dermos esse passo, o governo vai encerrar todos os processos contra os participantes do movimento, com o consentimento da Maidan estaremos prontos para dar esse passo”, disse Tyahnybok a jornalistas.

Os protestos explodiram em novembro após o presidente Viktor Yanukovych ter abandonado um aguardado acordo econômico com a União Europeia e ter tomado um empréstimo da Rússia. Depois de a polícia ter dispersado vários protestos, os manifestantes criaram um amplo movimento por direitos humanos e contra a corrupção. Yanukovych ainda permanece popular no leste e sul do país, onde os laços culturais e econômicos com a Rússia são mais fortes.

Ainda neste sábado, o ativista da oposição Dmytro Bulatov disse acreditar que um grupo pró-Russia estaria por trás de seu sequestro e tortura no mês passado. Ele desapareceu em 22 de janeiro e ressurgiu uma semana depois, gravemente ferido e com parte da orelha cortada. O ocorrido levantou temores entre oposicionistas de que criminosos violentos estariam sendo usados para intimidar manifestantes anti-governo. Fonte: Associated Press.

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