Buenos Aires (Argentina ) – A oposição queniana rejeitou hoje (5) a proposta de formação de um governo de unidade como propôs o presidente Mwai Kibaki, após a chegada de uma intermediária norte-americana. A secretária de Estado ajdunto norte-americana, Jendayi Frazer, enviada por Washington a Nairobi, chegou ao Quênia oito dias depois das eleições presidenciais que desencadearam uma onda de violência no país africano.
?Minha posição não mudou. Nosso ponto de partida é que Kibaki se encontra aqui ilegalmente. Não pode vir à mesa de negociações como presidente?, afirmou o chefe da oposição queniana, Raila Odinga. O líder da oposição considerou que a presidência de Kibaki é ?ilegal?, como destacou à agência de notícias italiana Ansa.
As declarações de Odinga são uma resposta à proposta de unificação sugerida por Kibaki. O presidente queniano disse que vai colaborar com o processo de ?reconciliação?. Ele expressou sua decisão em uma reunião que manteve com a secretária norte-americana.
Estima-se que mais de 400 mil pessoas sofrem de forma direta as conseqüências do que se passa no Quênia após os comícios presidenciais de 27 de dezembro, considerados ?fraudulentos? pela oposição e negados por observadores internacionais. A onda de violência já provocou a morte de mais de 360 pessoas e deixou 250 mil desalojados.