ONU faz plano contra a crise dos alimentos

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e os dirigentes das 27 agências e organizações das Nações Unidas estabelecerão nesta segunda-feira (28) e terça (29), em Berna, na Suíça, um plano para controlar a crise causada pela alta dos preços dos alimentos básicos. A intenção do secretário-geral é que o plano tenha duas etapas principais. A primeira será aumentar o orçamento das Nações Unidas para alimentar cerca de 77 milhões de pessoas. Ele estima que, nos últimos meses, cerca de 100 milhões de habitantes das áreas mais pobres do mundo, que antes não precisavam de ajuda, não conseguiram mais arcar com os custos dos alimentos.

Para atender a todos, a entidade pede a doação de US$ 755 milhões, além dos US$ 2,9 bilhões previstos no plano feito no fim de 2007. Até agora, o Programa Mundial de Alimentos da ONU arrecadou 63% da quantia extra. Um segundo passo será uma estratégia para promover na África uma ?revolução verde?. Isso vai incluir o treinamento de agricultores, com mais tecnologia e recursos. A brasileira Embrapa vai participará e já está estudando como adaptar sementes ao solo africano.

A ONU e suas agências devem agir com urgência para socorrer as populações mais pobres e explorar soluções em curto prazo, atuando como mediadora entre partidários do protecionismo e defensores da abertura do mercado, sem esquecer dos militantes a favor dos biocombustíveis e seus opositores.

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