ONGs querem que Dilma cobre Moscou

Organizações de defesa dos direitos humanos querem que a presidente Dilma Rousseff aborde o tema durante sua visita oficial à Rússia amanhãs e e sexta-feira.

A Conectas enviou uma carta à mandatária pedindo que sejam incluídas, nas conversas em Moscou, questões sobre as violações de direitos humanos na Rússia, como “o cerceamento à liberdade de associação e expressão, a perseguição de defensores de direitos humanos e minorias religiosas e a tortura policial em larga escala”.

A ONG também diz esperar que a presidente exponha, durante a visita, “os desafios ainda enfrentados no Brasil em direitos humanos” e discuta a situação da Síria com Moscou -um dos únicos apoiadores do regime de Bashar Assad.
“Junto a gestões por medidas que possam promover soluções à crise, é fundamental que o governo brasileiro chame o governo russo a fortalecer as respostas internacionais à proteção de civis e ajuda humanitária à população síria”, diz o Conectas na carta.

A Human Rights Watch também pediu que, durante a visita, Dilma “expresse preocupação sobre a repressão à sociedade civil” na Rússia.

“Seria um erro grave para a presidente ignorar a repressão na Rússia, que viola princípios básicos de direitos humanos que o Brasil adota na sua legislação interna e em tratados internacionais”, disse José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da ONG.

Um dos casos mais emblemáticos recentemente foi a prisão de três integrantes da banda Pussy Riot. Elas foram condenadas a dois anos de prisão por vandalismo agravado por intolerância religiosa, após cantar na catedral ortodoxa de Moscou uma música contra o presidente Vladimir Putin.

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