Pelo menos 27 pessoas, quase todas civis, morreram em confrontos na Jamaica, informou hoje a polícia local. “Entre os civis, há 25 feridos e 26 mortos desde que as forças de segurança começaram sua operação, ontem”, disse um porta-voz da corporação. Ainda segundo ele, um membro das forças de segurança foi morto e sete pessoas ficaram feridas. Há ainda 211 detidos em uma busca das autoridades pelo líder narcotraficante Christopher “Dudus” Coke, que tem nos Estados Unidos um pedido de extradição pendente.

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Porém, o porta-voz afirmou que “várias outras pessoas foram mortas em outros locais”, em meio ao temor de que os distúrbios se espalhem pelo país e não fiquem concentrados apenas na capital, Kingston. A polícia informou que prendeu 211 pessoas, incluindo quatro mulheres, durante uma ação iniciada ontem no bairro Tivoli Gardens e no vizinho Denham Town.

A violência forçou várias companhias aéreas a cancelar voos. Vários países advertiram seus cidadãos para que não viajem a Kingston. No domingo, o primeiro-ministro Bruce Golding declarou estado de emergência na capital e na cidade vizinha de Saint Andrews.

Partidários armados de Coke tomaram ruas da capital. Gangues queimaram uma delegacia de polícia e estocaram uma grande quantidade de armas, incluindo rifles de grosso calibre, segundo funcionários locais. Coke tem o apoio de alguns moradores de Kingston, que o veem como uma espécie de Robin Hood local, por ajudar jamaicanos pobres. Já para o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ele é um dos chefes do narcotráfico “mais perigosos do mundo”.

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Promotores dos EUA acusam Coke de chefiar uma gangue internacional que vende maconha e crack na área de Nova York e em outras regiões. Ele foi formalmente acusado nos EUA em agosto por conspiração para o tráfico e por posse de armas ilegais. Caso condenado, pode pegar prisão perpétua. As informações são da Dow Jones.