Cerca de 100 pessoas morreram neste sábado na Síria nos bombardeios das tropas do regime de Bashar al Assad e durante os combates entre grupos oficiais e insurgentes, especialmente na cidade de Alepo, alvo de uma ofensiva militar.

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Os dados são dos Comitês de Coordenação Local (CCL), e a Comissão Geral de Revolução registrou 105 mortes.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou, ainda, que entre os mortos há cerca de 80 civis e insurgentes e mais de 15 soldados das forças governamentais.

O maior número de vítimas se concentrou em Alepo, a capital econômica da Síria, e seus arredores, onde morreram cerca de 30 pessoas.

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Alepo vem sendo castigada pelos bombardeios das tropas do regime, que realizaram hoje uma grande ofensiva para recuperar os bairros que estão em poder da resistência.

Os CCL e a Comissão só informaram sobre vítimas civis e de combatentes rebeldes, enquanto o Observatório disse que 10 membros das tropas leais a Assad perderam a vida nos combates.

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O ativista Hisham al Halabi explicou à Agência Efe de Alepo que as tropas governamentais estão bombardeando com tanques e aviação militar os distritos de Salah ad-Din, Seif al Daula e Al Sukari, entre outros.

Wed Al-Hayat, morador de Alepo, informou à Efe via internet que o ataque causou um grande deslocamento da população civil, que se refugiou nas mesquitas e nas escolas.

A segunda área mais castigada no dia foi a periferia de Damasco, especialmente pelos bombardeios à cidade de Moadamiya al Sham, onde morreram dez pessoas, entre elas três menores de idade.

Enquanto isso, no povoado de Al Abada outros sete civis e cinco combatentes do rebelde Exército Livre Sírio (ELS) perderam a vida, de acordo com os dados enviados pelo Observatório em comunicado.

A porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Síria (CICV), Rabab al Rifai, relatou à Efe por telefone, de Damasco, que devido à deterioração da situação nos últimos dez dias, nos arredores da capital, as atividades da organização se concentraram em ajudar as milhares de famílias deslocadas.

Rabab explicou que a maior parte dos retirantes abandonaram suas casas e se refugiaram nas dezenas de escolas abertas para acolhê-los, nas quais a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho oferecem alimentos, cobertores e remédios.

Outras províncias castigadas pela violência foram Idleb, Deir ez Zor, Homs, Hama e Deraa.

Em Idleb, os bombardeios afetaram, sobretudo, a cidade de Al Hobeit, enquanto em Hama as forças governamentais entraram no povoado de Al Asharna.

Com o aumento da violência, a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou ontem Damasco de arrasar regiões controladas pela oposição sem levar em conta o destino da população civil local.