O vice-presidente do Peru, Martín Vizcarra, afirmou neste sábado (22) que a construtora Odebrecht não pode mais continuar trabalhando no país por estar envolvida em corrupção de funcionários, além de ex-presidentes de países da América do Sul.

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“A Odebrecht, uma empresa que claramente cometeu atos de corrupção, não pode continuar trabalhando no Peru. Ela tem de sair, conforme está previsto na legislação”, disse Vizcarra à rádio peruana RPP. “Assim como temos sido rígidos com a lei de Morte Civil para funcionários corruptos, temos que fazer o mesmo: empresa corrupta não pode trabalhar no Peru”, afirmou. Para Vizcarra, o governo precisa dar exemplos de “luta sincera contra a corrupção” para recuperar a confiança da população peruana.

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A lei a que Vizcarra se refere foi aprovada pelo poder Executivo em outubro de 2016 com a intenção de ampliar a pena de funcionários condenados por corrupção. Eles podem perder o direito de assumir cargos públicos, ainda que eletivos, pelo período de 6 meses a 20 anos, e ainda há uma cláusula que prevê inabilitação perpétua para quem atue como membro de uma organização criminosa ou cuja conduta tenha prejudicado programas de assistência social.

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No último dia 14, o ex-presidente do Peru Ollanta Humala e sua mulher, Nadine Heredia, foram presos preventivamente sob acusações de lavagem de dinheiro ligada à Odebrecht. Eles negam envolvimento com o caso e aguardam julgamento. (Flavia Alemi – flavia.alemi@estadao.com)