Obama convida ex-rival republicano para almoçar na Casa Branca

O presidente Barack Obama cumprirá a promessa feita no discurso após sua reeleição, em 6 de novembro, e convidará seu ex-rival republicano Mitt Romney para uma reunião na Casa Branca. Os ex-adversários almoçarão juntos na quinta-feira, dia 29, informou o governo, em um comunicado sucinto, na manhã de hoje.

“Na quinta-feira, o governador Romney terá um almoço particular com o presidente Obama na Sala de Jantar Privada”, diz o texto, acrescentando que o encontro será fechado para a cobertura da imprensa. “Será a primeira oportunidade para uma visita desde a eleição.”

Romney foi derrotado por Obama nas eleições presidenciais, mas recebeu 47,8% dos votos, contra 50,6% do democrata –um cenário mais dividido que o de 2008, quando o então candidato republicano John McCain recebera 45,6% e Obama, 52,9%.

Ante a perda de popularidade, o presidente acenou à oposição e prometeu diálogo, convidando líderes republicanos no Congresso para uma reunião na Casa Branca na mesma semana do pleito.

No discurso da vitória, Obama disse que convidaria Romney para conversar, pois o ex-governador tinha “algumas ideias interessantes” com as quais ele concordava – inclusive sobre impostos. Democratas e republicanos patinam em um impasse no Congresso sobre como promover uma reforma tributária e enxugar gastos, impedindo que o país caia em um abismo fiscal no início de 2013, que dispararia cortes indiscriminados de gastos e um salto nos impostos para todas as faixas de renda.

A oposição é contra subir a alíquota para os mais ricos, enquanto o governo impõe obstáculos a cortes sociais mais profundos e defende a manutenção de deduções para a classe média.

Romney sumiu do noticiário desde a semana seguinte à eleição, quando concedeu uma entrevista ao jornal “Los Angeles Times” na qual afirmava que Obama vencera porque havia “presenteado” uma parcela-chave do eleitorado, as minorias -uma alusão aos programas sociais federais e à larga preferência por Obama entre latinos, negros, asiáticos e mulheres.

O comentário rendeu-lhe críticas dentro do próprio partido, que busca uma abordagem mais compassiva da política social e maior apelo às minorias após a segunda rejeição nas urnas.

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