Obama avança em Nova York, reduto dos Clintons

Manhattan, um tradicional bastião de Hillary Clinton, está dividida. A senadora por Nova York ainda tem uma vantagem de dois dígitos no Estado – 56% a 38% de Barack Obama, segundo pesquisa da Survey USA. Mas o senador por Illinois avança no feudo da rival, e a ?Obamamania? já causa choques de gerações no Harlem e seu vizinho latino, o Harlem Espanhol – ou El Barrio. Para a velha guarda negra, o carinho pelos Clinton fala mais alto. Mas, entre os jovens, a perspectiva de eleger o primeiro presidente negro é tentadora.

?Minha neta de 25 anos quase me esganou, mas não adianta, eu não vou votar no Obama?, diz a aposentada Mae Rolack, de 77 anos. Para obter seus benefícios de assistência à saúde, Mae espera para entrar no prédio de número 55 da Rua 125 do Harlem. É no último andar deste edifício que o ex-presidente Bill Clinton montou seu escritório, logo após deixar a Casa Branca, prestigiando a reurbanização do bairro. ?O sindicato nos orientou a votar na Hillary, e eu gosto muito do Clinton, ele fez muito pelos negros?, diz Mae.

Do outro lado da rua, numa loja de roupas, a gratidão aos Clinton sobrevive, mas a mudança representada por Obama tem mais força. ?Se fosse Bill Clinton contra Obama, votaria no Clinton, mas entre Hillary e Obama, vou de Obama?, diz o estudante Abraham Baldeh, de 22 anos. Nas pesquisas nacionais, os negros mostram preferência por Obama e os latinos, por Hillary. Mas até em El Barrio, reduto da senadora, Obama está conquistando os jovens do eleitorado hispânico.

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