Mais de meio milhão de refugiados da Síria já se espalharam por países vizinhos, informou hoje o Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para Refugiados.

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De acordo com os últimos dados divulgados em comunicado em Genebra, 425.160 sírios já foram registrados pelo órgão no Líbano, na Jordânia, no Iraque, na Turquia e no norte da África. Entre os registrados e os que pendem registro, o total é de 509.559 pessoas.

Só no mês de novembro, uma média de 3.200 refugiados foram registrados por dia, e cerca de mil sírios cruzaram a fronteira para a Jordânia nas últimas duas noites, informou o comunicado.

Um total de 154.387 pessoas fugiram para o Líbano desde início dos conflitos no país, 142.664 para a Jordânia, 136.319 para a Turquia, 65.449 para o Iraque e 11.740 para o norte da África.

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Além disso, existe um grande número de sírios que cruzaram a fronteira para os países vizinhos mas ainda não foram se registrar. Estima-se que sejam cerca de 100 mil na Jordânia, 70 mil na Turquia e no Egito e dezenas de milhares no Líbano, segundo dados da agência da ONU com base em levantamentos dos governos.

“Ao contrário do que é a percepção pública, apenas 40% dos refugiados sírios registrados na região estão em acampamentos”, disse a porta-voz do órgão, Melissa Fleming.

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“A maioria vive fora dos acampamentos, alugando alojamentos, com famílias que os acolhem ou em diferentes tipos de centros coletivos e alojamentos renovados”, disse.

No Líbano e no norte da África, por exemplo, não há acampamentos, e os refugiados vivem em comunidades urbanas e rurais.

Na Jordânia, apenas 24% vive nos três acampamentos do país, enquanto no Iraque esse número representa 50%, também em três acampamentos. Segundo Fleming, a previsão é que o número de pessoas em acampamento aumente conforme se estenda o conflito, pois os recursos vão se esgotando e aqueles que acolhem os refugiados já não podem dar respaldo a um número tão grande de pessoas.

Para ela, a chegada do inverno deve dificultar ainda mais a situação dos refugiados. Desde o início da revolta, em março de 2011, mais de 40 mil pessoas morreram na Síria, segundo grupos de ativistas.