A cidade de Ferguson, no Missouri, teve a quarta noite consecutiva de protestos contra o racismo, para recordar o primeiro ano da morte do jovem negro Michael Brown nas mãos de um policial branco. A polícia prendeu 23 pessoas, após manifestantes bloquearem o tráfego local.

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A concentração ocorreu 24 horas após uma manifestação em que a avenida West Florissant foi interrompida por disparos, inclusive da polícia, que deixaram um jovem de 18 anos gravemente ferido, o que voltou a aumentar as tensões no subúrbio de St. Louis.

O diretor executivo do condado de St. Louis, Steve Stenger, emitiu uma declaração de estado de emergência. Com isso, o chefe de polícia do condado, Jon Belmar, tem o direito de tomar o controle para lidar com emergências da polícia na cidade de Ferguson e no seu entorno.

No início da noite de segunda-feira, porém, centenas de manifestantes participavam da manifestação, com tambores e cartazes. Algumas pessoas lançaram garrafas d’água e outros objetos sobre os policiais. Vinte e três pessoas foram detidas.

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Os distúrbios continuaram por parte da madrugada da terça-feira. Outra manifestações, na segunda-feira, acabaram com a prisão de mais de 100 pessoas.

Os protestos ocorreram após uma troca de tiros envolvendo um suposto homem armado na noite do domingo. Na segunda-feira, a promotoria do condado de St. Louis acusou Tyrone Harris, de 18 anos, em dez quesitos relacionados ao incidente. Harris está em estado grave em um hospital local.

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Há um ano, Michael Brown, um jovem desarmado de 18 anos, foi morto pelo policial branco Darren Wilson, durante uma confrontação. O caso gerou protestos e distúrbios no subúrbio de St. Louis e também uma discussão nacional sobre raça e policiamento nos EUA. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.