Duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira (20) mostram o líder da oposição, Benjamin Netanyahu, do linha-dura Likud, como o favorito para as eleições israelenses, em 10 de fevereiro. Netanyahu enfrentará Tzipi Livni, do moderado Kadima. A vitória de Netanyahu poderia significar o fim das negociações com os palestinos, pelo menos da forma como são realizadas atualmente.

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A pesquisa do jornal Haaretz mostra o Likud ganhando 34 dos 120 assentos do Parlamento, e o Kadima, 28. Atualmente, a situação tem 29 cadeiras, e o Likud, 12. Segundo a pesquisa, os Trabalhistas, do ministro da Defesa, Ehud Barak, devem se enfraquecer e ficar com apenas dez cadeiras. Outra pesquisa, do jornal Yediot Ahronot, trouxe resultados parecidos: o Likud com 32 cadeiras e o Kadima, com 26. Nessa, os Trabalhistas aparecem com apenas oito cadeiras.

Netanyahu acredita que as negociações apoiadas pelos Estados Unidos, centradas no estabelecimento de um Estado palestino, são um fracasso. Para ele, o ideal é centrar esforços no desenvolvimento da economia palestina. Tzipi pretende continuar as atuais negociações, das quais participou na chefia do Ministério das Relações Exteriores. Em setembro, o primeiro-ministro Ehud Olmert foi forçado a renunciar, em meio a investigações por corrupção.

Palestinos

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Uma vitória de Netanyahu teria impacto profundo nas negociações de paz. Os palestinos querem toda a Cisjordânia como parte de seu Estado independente, além de Jerusalém Oriental como sua capital. Israel capturou as duas áreas em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.

Tzipi defende uma solução que resolva essas pendências de modo satisfatório para os dois lados e também a questão dos refugiados palestinos. Já Netanyahu pretende manter grandes zonas da Cisjordânia e rejeita o retorno dos refugiados para suas casas e a divisão de Jerusalém. Os palestinos julgam o plano dele para uma “paz econômica” inaceitável.

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As pesquisas desta quinta também mostram um forte apoio aos partidos de linha-dura. Isso poderia ajudar Netanyahu a formar uma coalizão de direita para governar.