A extensão de cinco dias do cessar-fogo em Gaza parece estar se mantendo, apesar do início turbulento do período de trégua nesta quinta-feira, enquanto as negociações indiretas entre Israel e as principais facções palestinas, incluindo o Hamas, continuam no Cairo.

continua após a publicidade

Trata-se do mais longo cessar-fogo da guerra que teve início no mês passado na Faixa de Gaza. Os combates já mataram mais de 1.900 palestinos, a maioria civis, segundo autoridades palestinas e da Organização das Nações Unidas (ONU). Israel perdeu 67 pessoas, das quais apenas três não eram militares.

Houve uma breve explosão de violência antes as extensão do cessar-fogo anterior, que terminou pouco antes da meia-noite de quarta-feira (horário local). O novo período de trégua vai até a meia-noite de segunda-feira.

O Exército de Israel disse que oito foguetes do Hamas foram lançados contra Israel, mas os disparos foram interrompidos nas primeiras horas desta quinta-feira. Israel retaliou com ataques aéreos, mas a polícia de Gaza disse que as 17 ações militares israelenses não deixaram mortos ou feridos.

continua após a publicidade

Negociadores palestinos no Cairo expressaram otimismo de que um acordo para criar um plano sustentável para o território costeiro pode ser alcançado em breve.

“Há uma oportunidade real para chegarmos a um acordo, mas Israel deve interromper as manobras e jogos com palavras”, disse o negociador palestino sênior Khalil al-Haya.

continua após a publicidade

“Não estamos interessados em mais destruição para nosso povo. Não estamos interessados em mais derramamento de sangue”, acrescentou ele.

Ziad al-Nakhaleh, vice-líder do grupo militante Jihad Islâmica, disse à Associated Press que está confiante a respeito da possibilidade de um acordo satisfatório ser alcançado.

“A guerra ficou para trás e as chances para um acordo sobre um cessar-fogo duradouro são encorajadoras”, afirmou Al-Nakhaleh no Cairo antes de viajar para Beirute para informar o líder do grupo, Ramadan Shallah, a respeito das negociações. “Eu acredito que estamos indo na direção de um ajuste.”

O Hamas busca do fim do bloqueio imposto por Israel e Egito ao território em 2007. O bloqueio limitou muito a movimentação de palestinos para dentro e para fora de Gaza, onde residem 1,8 milhão de pessoas, além de restringir o fluxo de bens para o território e bloqueado praticamente todas a suas exportações.

Israel afirma que a medida é necessária para evitar o contrabando de armas. As autoridades israelenses também estão relutantes em fazer concessões que possam fazer com que o Hamas declare vitória. Fonte: Associated Press.