Uma sonda da Nasa partiu neste domingo em uma missão sem precedentes para se aproximar mais do Sol do que qualquer outro dispositivo já enviado ao espaço. A Sonda Solar Parker voará diretamente através das bordas da corona solar, ou atmosfera externa, e eventualmente chegará a 6 milhões de quilômetros da superfície do astro nos próximos anos, permanecendo fria apesar do calor e da radiação extremos, permitindo que os cientistas explorem o Sol de uma forma nunca antes possível.

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“Estamos nos preparando para algum aprendizado nos próximos anos”, disse Eugene Parker, astrofísico de 91 anos, homenageado com o nome da sonda. Protegida por um novo e revolucionário escudo térmico de carbono, a sonda passará por Vênus em outubro. O primeiro contato com o Sol será em novembro. No total, a sonda Parker fará 24 aproximações ao Sol no empreendimento de sete anos, que custou US$ 1,5 bilhão.

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A tentativa de lançamento da manhã de sábado foi frustrada por problemas técnicos de última hora. Mas no domingo o lançamento teve êxito. Da Terra, são 150 milhões de quilômetros até o Sol. Já em seu primeiro contato com o astro, a sonda ficará a 25 milhões de quilômetros do Sol, batendo facilmente o recorde atual de 43 milhões de quilômetros estabelecido pela Helios 2 da Nasa em 1976. O chefe da missão científica da Nasa, Thomas Zurbuchen, espera que os dados, mesmo neste estágio inicial, rendam importantes trabalhos científicos.

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Com esta missão, cientistas esperam desvendar muitos mistérios do sol, astro de cerca de 4,5 bilhões de anos, como por que a corona é centenas de vezes mais quente do que a superfície do Sol e por que a atmosfera do Sol está se expandindo continuamente e acelerando, como Eugene Parker previu em 1958. Fonte: Associated Press.