Nações europeias pedem que EUA exportem mais gás

Quatro nações da Europa Central estão apelando aos Estados Unidos para aumentar as suas exportações de gás natural, como uma proteção contra o risco de a Rússia cortar o fornecimento de gás à Ucrânia, mas a Casa Branca afirma que a elevação dos embarques demoraria mais de um ano para ser concretizada.

Embaixadores da Hungria, Polônia, Eslováquia e República Checa fizeram o apelo em carta enviada na sexta-feira ao presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, John Boehner. A expectativa é de que o presidente do Senado, Harry Reid, receba uma carta semelhante. O documento dos quatro países, conhecidos como o Grupo de Visegrad, pede que o Congresso apoie uma aprovação mais rápida de exportações de gás natural. O documento assinala que “a presença de gás natural dos EUA seria muito bem-vinda na Europa Central e no Leste Europeu”.

Os embaixadores assinalam que a instabilidade na Ucrânia reavivou lembranças da Guerra Fria e que o acesso a energia é uma preocupação constante para moradores da região. “Competição no setor de gás em nossa região é um aspecto vital da segurança nacional e um interesse fundamental dos EUA na região”, ressaltaram os embaixadores.

Boehner e o Partido Republicano têm apelado à administração Obama para liberar mais exportações, aproveitando o aumento da produção de gás norte-americana. O Departamento de Energia dos EUA aprovou somente seis licenças de exportação, enquanto cerca de duas dúzias seguem pendentes. Em nota divulgada neste sábado, Boehner solicitou que Obama “atenda ao pedido de nossos aliados” e “faça todo o possível para usar energia norte-americana para reduzir a dependência da Rússia de nossos amigos na Europa e no restante do mundo”.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, havia afirmado na sexta-feira que o suprimento de gás é suficiente na Europa por causa do inverno relativamente ameno na região. Ele disse que, mesmo que os EUA aprovassem mais licenças de exportação, demoraria até o fim de 2015 para o gás ser entregue. “Propostas para tentar responder à situação da Ucrânia que estejam relacionadas com a nossa política de exportação de gás natural não terão um efeito imediato.” Fonte: Associated Press.

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