Na COP-18, Brasil destaca redução recorde de desmatamento na Amazônia

A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, discursou hoje na COP-18, conferência do clima da ONU que acontece até o fim da semana em Doha, no Qatar, e destacou a redução recorde do desmatamento da Amazônia e os programas de financiamento para a conservação do bioma.

A representante do Brasil disse que o país continua firme no propósito de cumprir sua meta voluntária de redução de emissões, estabelecida em 2009 em Copenhague (Dinamarca), como entre 36,1% e 38,9% em 2020.
A ministra exaltou que a atual taxa de desmatamento na Amazônia apresenta uma redução de 27% em relação ao ano passado e de 83% em comparação com 2004.

“Isso é realmente uma boa notícia. A estratégia brasileira de combater as causas do desmatamento é abrangente e transversal. Ela abrange desde diversos sistemas de monitoramento da cobertura da floresta amazônica, até concessões e operações de manejo florestal, além da criação, entre 2004 e 2010, de 50 milhões de hectares de áreas de proteção estaduais e federais.”

Izabella Teixeira também foi enfática quanto à necessidade da extensão do Protocolo de Kyoto, que deixa de valer no próximo dia 31. O negociador-chefe do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, foi designado pelo presidente da COP-18 como mediador desse conflito, juntamente com seu colega da Noruega.

“Nossa maior tarefa em Doha é adotar formalmente o segundo período de compromisso do Protocolo de Kyoto”, afirmou. A manhã hoje na conferência foi dominada pela fala dos ministros da área ambiental dos quase 200 países representados no encontro. A maior parte deles mencionou a necessidade da extensão do Protocolo de Kyoto, hoje o único acordo mundial contra o aquecimento global, até que haja um novo acordo de grandes proporções.

A exceção, é claro, ficou por conta dos países que, de uma maneira ou de outra, ficam constrangidos quando o assunto é o protocolo. O Canadá foi um deles. O país não conseguiu cumprir suas metas de redução na primeira fase de Kyoto e simplesmente se retirou do acordo.

“O Canadá, como uma nação do Ártico, sabe dos impactos do aquecimento global. E nós sabemos dos impactos no resto do mundo”, começou dizendo o ministro canadense Peter Kent, antes de listar item por item do que ele diz ser uma abrangente política nacional contra o aquecimento global.

Para o ministro, o destaque fica por conta das ações em transportes e geração de energia. “Somos o primeiro país a banir a construção de novas usinas movidas a carvão”, declarou.

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