O governo chinês informou nesta segunda-feira (19) que o número de mortes confirmadas no país subiu para 34.073, mas ainda há milhares de pessoas desaparecidas desde a última segunda-feira (12), quando um terremoto de 7,9 graus na escala Richter, com epicentro em Sichuan, devastou a região central da China. Na avaliação do governo, o total de mortos chegará a cerca de 50 mil.
A China iniciou um período de três dias de luto pelas vítimas do devastador terremoto que atingiu a região central do país há exatamente uma semana. Bandeiras foram hasteadas a meio mastro e o soar das sirenes lembrou as dezenas de milhares de pessoas mortas enquanto a busca por sobreviventes se torna cada vez mais um resgate de corpos.
Ainda, nsta segunda, milhões de chineses observaram três minutos de silêncio seguido por um buzinaço em homenagem às vitimas do terremoto. A homenagem ocorreu no exato momento que marcava uma semana da tragédia, às 14h28 do horário local (3h28 no horário de Brasília). A agência de notícias estatal Nova China informou ainda que mais de 200 pessoas, que trabalhavam nos resgate das vítimas do terremoto na região central da China, foram soterradas nos últimos três dias na província de Sichuan.
De acordo com a agência, os acidentes aconteceram durante o reparo de rodovias, mas não há informações sobre mortos e feridos. Além disso, o escritório aberto pelo governo para colher informações sobre o terremoto informou que o número de feridos em Sichuan e nas outras seis províncias atingidas subiu para 245.108, praticamente 25 mil a mais em relação ao último número anunciado.
Também na segunda, duas mulheres foram resgatadas com vida depois de terem permanecido por quase uma semana soterradas. Elas foram encontradas nos escombros do edifício de uma mina de carvão em Sichuan. Segundo as equipes de resgate, equipamentos que detectam sinais vitais indicam que pelo menos três outras pessoas soterradas na mesma área ainda estariam vivas.
Enquanto isso, um novo tremor secundário abalou a região próxima ao epicentro. Às 14h06 locais (3h06 de Brasília), um terremoto de 5,4 graus na escala Richter sacudiu o distrito de Qingchuan. Na véspera, um tremor de 5,7 graus ocorreu pela manhã na cidade de Jiangyou, deixando três mortos e mais de mil feridos.
Além dos tremores secundários, a população de certas áreas atingidas pelo terremoto teve de enfrentar chuvas e ameaças de inundação. No sábado (17), 30 mil pessoas foram obrigadas a abandonar às pressas dez vilas rurais próximas do epicentro do terremoto para fugir do risco de inundação do local. Deslizamentos de terra provocados pelo abalo interromperam o curso de um rio no distrito de Qingchuan, criando duas represas que começaram a transbordar.


