Morre o italiano Schioppa, um dos arquitetos do euro

O economista italiano Tommaso Padoa Schioppa, um dos arquitetos intelectuais do euro e membro do primeiro conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), morreu aos 70 anos de um ataque cardíaco ontem, durante jantar com amigos em Roma.

A inesperada morte de Schioppa, ministro da Economia no governo de Romano Prodi, emocionou a elite política e empresarial italiana, que lembra dele como um divulgador apaixonado do projeto do bloco europeu e de sua moeda única.

“Ele sabia como traduzir o ideal europeu em projetos concretos e contribuiu de forma duradoura para o nascimento do euro e da zona do euro”, declarou o presidente italiano, Giorgio Napolitano.

Durante seus sete anos no BCE, Schioppa foi um dos membros encarregados de guiar o euro na sua primeira fase, depois de ser adotado por 11 nações em 1º de janeiro de 1999.

Nos primeiros anos do euro, o economista “contribuiu para que o BCE ganhasse reputação como importante ator na cooperação internacional e europeia”, afirmou o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet. “A zona do euro perdeu um homem de reflexão, ação e visão, totalmente dedicado à unidade europeia.”

Recentemente, o governo da Grécia recorreu a Schioppa para ajudar a solucionar a crise de pagamentos daquele país, e a Fiat Industrial o nomeou membro de seu conselho diretivo.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, expressou pesar pela morte do ex-ministro italiano e lembrou seu papel na história da integração europeia e na criação do euro.

“Estou profundamente consternado por essa perda repentina”, disse Van Rompuy, em comunicado. De 1998 a 2006, Schioppa fez parte da comissão executiva do Banco Central Europeu (BCE). As informações são da Associated Press.

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