Morre 2º maior procurado no Afeganistão, dizem militares

A coalizão liderada pelos Estados Unidos anunciou hoje que matou o segundo insurgente mais procurado no Afeganistão: o saudita Abu Hafs Al Najdi, apontado como um dos líderes da Al-Qaeda, responsável por estabelecer campos de treinamento terrorista e promover ataques às forças militares dos EUA e do Afeganistão, de acordo com informações do Wall Street Journal.

Najdi, também conhecido como Abdul Ghani, teria morrido em um ataque da coalizão no dia 13 de abril no distrito afegão de Dangam, em Kunar, perto do Paquistão. Segundo as forças da coalização, essa ofensiva também matou outro líder da Al-Qaeda conhecido como Waqas. Um total de 25 militantes da Al-Qaeda foram mortos no Afeganistão durante os últimos 30 dias.

“Najdi era a segunda maior prioridade em nossas operações para capturar ou matar insurgentes”, disse um major do Exército britânico, Tim James, porta-voz da coalizão. Segundo James, a perda terá certamente um impacto para a capacidade da Al-Qaeda de operar no país.

O rebelde era procurado pelas forças lideradas pelos EUA pelo menos desde 2007. Ele operava uma rede de insurgentes em Kunar, organizando ataques contra bases afegãs e dos EUA, planejando sequestros de estrangeiros, administrando campos de treinamento de militantes e administrando auxílio financeiro vindo do Paquistão, afirmaram os militares.

Em abril, o Wall Street Journal informou que a Al-Qaeda, que havia em boa medida deixado o Afeganistão após a queda do Taleban, em 2001, havia retornado ao país para montar campos de treinamento terrorista nas províncias de Kunar, Nangarhar e Nuristão, ao longo da fronteira com as áreas tribais do Paquistão. As forças dos EUA praticamente abandonaram o Nuristão e grandes áreas de Kunar nos últimos dois anos, quando a coalizão preferiu reforçar sua ação no sul do país.

Najdi era considerado um elo entre a liderança da Al-Qaeda no Paquistão e suas operações no Afeganistão. Além disso, tinha capacidade de conseguir fundos consideráveis para os insurgentes, obtendo itens como armas e também novos recrutas, explicou a coalizão nesta terça-feira. As informações são da Dow Jones.

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