O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, 70, anunciou hoje que se aposentará da política depois da formação do novo governo, após as eleições parlamentares de 22 de janeiro.

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A saída da política foi informada em entrevista coletiva, em Tel Aviv, e foi considerada uma surpresa em Israel. Ele disse que estudou o afastamento por muitas semanas, mas decidiu que era o momento de passar mais tempo com a família.

Ele não concorrerá ao Parlamento pelo seu partido, Atzmaut, que é da base aliada do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu. Segundo pesquisas de intenção de voto, a agremiação deverá superar este ano as cinco cadeiras obtidas na formação do último gabinete, em 2009.

Primeiro-ministro de Israel entre 1999 e 2001, Ehud Barak assumiu o ministério da Defesa desde o início do último governo de Netanyahu.

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Os dois possuem uma relação muito próxima de trabalho, mas falharam nos últimos anos em influenciar os Estados Unidos a fazer uma intervenção militar contra o Irã. Devido a isso, integrantes mais radicais do Likud, partido do premiê, pediam sua substituição.

Barak serviu ao Exército israelense por 35 anos e é o militar com o maior número de condecorações das Forças Armadas. Em 1995, entra na política como chanceler do governo de Yitzhak Rabin.

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Em 1999, assumiu como primeiro-ministro e foi responsável pela desocupação do sul do Líbano, em 2000, e pela retomada das negociações com a Autoridade Nacional Palestina, à época comandada por Iasser Arafat.