Insurgentes islâmicos tomaram o controle de postos de polícia em Mogadiscio, capital da Somália, à medida que tropas da Etiópia saem do país. A Etiópia vinha apoiando o fraco governo somali há dois anos, mas prometeu deixar o país até o final de 2008. Autoridades etíopes desde então vinham se recusando a dar datas exatas da saída, temendo a criação de um vácuo de poder. Os milhares de soldados etíopes estão sendo retirados da Somália em estágios.
Muitos temem que essa saída e a renúncia do presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, no mês passado, provoquem uma disputa entre congressistas e vários grupos militantes islâmicos pelo poder. Yusuf renunciou ao cargo afirmando que havia perdido o controle do país para insurgentes islâmicos e que não poderia mais exercer suas funções depois de quatro anos no cargo. O governo somali controla hoje apenas Baidoa, que é a sede do Parlamento, e partes de Mogadiscio.
O grupo insurgente mais poderoso do país, o al-Shabab, já assumiu o comando de vastas porções do território somali nos últimos meses. O governo norte-americano acusa o grupo de abrigar terroristas ligados à al-Qaida que promoveram ataques contra embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia. Muitos dos insurgentes são radicais islâmicos e alguns deles fazem parte da lista de terroristas procurados pelo Departamento de Estado dos EUA. As informações são da Associated Press.
