Milionários têm privilégios em novo sistema de imigração britânico

Londres – Os empresários estrangeiros não serão obrigados a realizar exames de inglês para se radicarem na Grã-Bretanha caso demonstrem que contam com mais de US$2 milhões no banco – é o que propõe o novo sistema de imigração por pontos do governo britânico para a obtenção de residência e cidadania.

Segundo o governo, o novo projeto busca uma maior integração dos imigrantes à sociedade da Grã-Bretanha. Estrangeiros multimilionários, como empresários russos do petróleo ou banqueiros norte-americanos, não serão obrigados a realizar um exame de proficiência na língua inglesa ou de cultura britânica, se demonstrarem possuir mais de US$2 milhões "em uma instituição financeira regulamentada e que possam ser utilizados na Grã-Bretanha".

O novo sistema de pontuação para imigrantes, que entrará em vigor em três meses, obriga os empresários multimilionários a investirem altas cifras ao entrarem no país.

Por sua vez, o ministro para a Imigração, Liam Byrne, defendeu a medida e disse que os estrangeiros ricos, assim com o russo Roman Abramovich, dono da equipe de futebol Chelsea, são muito vantajosos para o país e por isso são "bem-vindos".

"Os milionários trazem trabalho e investimentos ao nosso país. Por isso não é uma boa idéia impedir-lhes a entrada", acrescentou Byrne.

Já a oposição conservadora criticou o novo plano e disse que é injusto que os mais ricos recebam "um tratamento preferencial" na hora de cumprir com os requisitos de residência na Grã-Bretanha.

A respeito disso, lord Oakeshitt, porta-voz dos Liberais Democratas para Assuntos do Tesouro, declarou que os estrangeiros multimilionários "não deveriam pular os controles imigratórios simplesmente ao mostrar suas contas bancarias".

"Pelo menos deveriam ser aprovados no exame de inglês caso queiram radicar-se e investir a longo prazo na Grã-Bretanha", destacou.

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