Testemunhas afirmaram nesta terça-feira (18) que os soldados congoleses enfrentavam milicianos em território controlado pelos rebeldes. O confronto ocorria perto de Kanyabayonga, 130 quilômetros da capital provincial, Goma, no leste do Congo. Os milicianos Mai Mai são em geral pró-governo. Porém, aparentemente se aproveitavam da fuga do Exército para roubar armas de soldados. Os militares do país fogem, junto com milhares de civis, do avanço de rebeldes.

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Esse incidente sugere divisões ainda mais profundas dentro do já cindido Exército congolês. Os confrontos entre os rebeldes leais ao general renegado Laurent Nkunda e o Exército e suas milícias aliadas explodiram em agosto. A violência já forçou pelo menos 250 mil pessoas a fugirem de suas casas.

Corte de Haia

Também nesta terça, a Corte Penal Internacional em Haia marcou para 26 de janeiro o início do julgamento do ex-senhor da guerra congolês Thomas Lubanga, acusado de usar crianças como soldados no leste do Congo, entre 2002 e 2003. Lubanga pode ser o primeiro réu julgado pelo primeiro tribunal permanente de crimes de guerra. A Corte Penal Internacional começou a funcionar em 2002.

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Os promotores envolvidos no caso concordaram em permitir que os juízes tivessem acesso a material confidencial recebido das Nações Unidas. Antes, os magistrados haviam considerado que Lubanga não teria um julgamento justo, pois as novas provas poderiam ajudar a defesa.