Médicos paquistaneses desaparecem dois dias antes de campanha de vacinação

Atiradores assassinaram um motorista e deixaram um trabalhador da saúde ferido neste sábado na região tribal de Khyber, no noroeste do Paquistão, após o sumiço de mais uma equipe de vacinação do País. O tiroteio ocorreu na fronteira com o Afeganistão, logo quando os paquistaneses se preparavam para mais uma campanha de vacinação, afirmou Manzoor Khan, uma autoridade governamental.

Na sexta-feira, dois voluntários e dois guardas desapareceram na província de Baluchistan, no sudoeste do país, enquanto trabalhavam para vacinar a população do distrito de Zhob, afirmou uma autoridade de alto escalão do governo. De acordo com o porta-voz, oficiais tentavam encontrar a equipe desaparecida.

Tahir Hotak, o chefe da associação de paramédicos do distrito de Zhob, disse ter indícios de que o grupo havia sido sequestrado por homens armados. Ele afirmou que membros da entidade haviam bloqueado uma das principais vias da província para protestar e pediam a imediata libertação dos funcionários presos. Kethran, no entanto, não confirmou o sequestro.

Nenhum grupo reivindicou a autoria de qualquer um dos dois incidentes, apesar de extremistas islâmicos terem se identificado como os responsáveis por ataques parecidos a estes no passado. Militantes ativos do Taleban no distrito de Zhob já haviam sido acusados de sequestro.

Na segunda-feira, o Paquistão daria início a uma campanha de vacinação contra a poliomielite. Militantes se opõe às vacinas porque acreditam que a imunização deixa crianças estéreis e que governos ocidentais usam o método para espionar insurgentes da Al-Qaeda. O Paquistão, o Afeganistão e a Nigéria são os três únicos países do mundo onde a poliomielite continua sendo uma doença endêmica. Fonte: Associated Press.

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