, 28/05/2017 – Os Estados Unidos mudaram para “táticas de aniquilação” contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria, cercando combatentes em vez de movê-los de um lugar para outro, disse o secretário da Defesa dos EUA, Jim Mattis, neste domingo. “Nossa estratégia agora é acelerar a campanha contra o Estado Islâmico. O grupo é uma ameaça para todas as nações civilizadas. E a conclusão é que vamos avançar de forma acelerada e reforçada, colocando os combatentes no limite”, disse Mattis ao programa “Face the Nation”, da CBS News.

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As forças iraquianas lançaram uma ofensiva para recuperar os últimos distritos de Mossul ainda sob controle do Estado Islâmico, considerado o estágio mais difícil desta batalha que já chega ao oitavo mês. Exército, polícia e unidades de elite antiterrorismo iniciaram o ataque às margens da Cidade Velha de Mossul antes do alvorecer do sábado, apoiados por ataques aéreos e de artilharia da coalizão liderada pelos EUA. Explosões foram ouvidas a partir das 3h (horário local) e continuaram até a tarde. “Nossa missão principal é libertar as pessoas antes de libertar o território”, disse o brigadeiro-general Yahya Rasool, porta-voz do Exército iraquiano, no sábado.

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Com a cidade inteira cercada por forças iraquianas, os comandantes dos EUA e do Iraque estão esperando que os militantes apresentem uma resistência feroz no pedaço remanescente da cidade que ocupam. “Nossa intenção é que os combatentes estrangeiros não sobrevivam à luta para retornar para casa no norte da África, na Europa, na América, na Ásia, na África”, disse Mattis. “Nós não vamos permitir que eles façam isso. Nós vamos pará-los lá.”

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As tropas iraquianas terão de conduzir as batalhas finais a pé, deixando de lado veículos blindados que são muito grandes para as ruas e vielas da região, que ainda abrigam cerca de 200 mil civis.

A Organização das Nações Unidas (ONU) também está atenta aos desdobramentos da batalha, já que a expectativa é de que a maior parte da população que ainda vive na cidade fuja para campos de refugiados já superlotados. Na sexta-feira, a ONU disse que os que ficaram atrás das linhas do Estado Islâmico não têm água limpa, remédios e comida e foram levados pelos militantes para casas cheias de explosivos para serem usados como escudos humanos. Fonte: Associated Press.