Material radioativo não contaminará lavouras no Japão

O vazamento de material radioativo de usinas nucleares do Japão não deve chegar à cadeia de alimentos, dizem especialistas. Segundo eles, é praticamente impossível que a contaminação seja parecida com a registrada após a explosão de Chernobyl, na Ucrânia. A Organização Mundial da Saúde (OMC) afirmou nesta terça-feira que o único risco está nos arredores das usinas.

“Nosso entendimento é o de que não há problemas no momento, (a partir) do que coletamos na área”, disse a diretora de saúde pública e meio ambiente da OMC, Maria Neira.

Uma porta-voz da Agência de Padrões Alimentares do Reino Unido afirmou que é mínima a probabilidade de que a radiação tenha contaminado lavouras além da zona de risco. “A maior parte da cadeia de alimentos do Japão não será contaminada.”

Agências internacionais se apressaram em garantir que a crise japonesa é bem diferente e menos severa do que a da Ucrânia. “É totalmente equivocado comparar a situação (do Japão) à de Chernobyl, que emitiu uma nuvem radioativa de 9 quilômetros no ar, por um longo período de tempo”, disse o escritório de relações exteriores do Reino Unido.

Apesar disso, autoridades ainda avaliam a situação no Japão. O comissário de energia da Europa, Guenther Oettinger, chamou o desastre de um “apocalipse”. Tóquio alertou que todas as pessoas num raio de 20 a 30 km da usina fiquem em casa e mantenham as janelas fechadas, depois que um dos quatro reatores explodiu. Uma área de exclusão de 20 km continua em vigor.

Depois do desastre de Chernobyl, em 1986, uma ampla área foi prejudicada e cerca de 50 mil vacas produziram leite contaminado durante quatro anos. Quando ingeridos, níveis elevados de radiação podem causar diversos tipos de câncer e anomalias. As informações são da Dow Jones.

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