Cerca de 30 mil pessoas, a maior parte delas na faixa dos 20 e 30 anos, participaram de uma marcha na Avenida da Liberdade, a principal de Lisboa, para expor sua insatisfação com as sombrias perspectivas de carreira em meio à grave crise econômica que o país enfrenta. De acordo com meios de comunicação locais, houve manifestações em dez outras cidades de Portugal.
“O bem-estar das pessoas ficou em segundo lugar diante das questões financeiras”, disse Luis Santos, de 28 anos, um dos participantes da manifestação. Ele está sem emprego desde que se formou na Universidade de Lisboa, há três anos. Gonçalo Montenegro, de 45 anos, estava na marcha com seu filho, de 14. Ele trabalha como vendedor, mas disse que está preocupado com o futuro do filho. “Estamos deixando essa desordem e nossa dívida para a próxima geração”, disse ele. “Temos de encontrar um caminho diferente”.
Depois de uma década de crescimento baixo e elevado endividamento que obrigou o governo a adotar duras medidas de austeridade, a economia portuguesa não consegue oferecer oportunidades aos jovens. A taxa de desemprego está em nível recorde de 11,2% e metade dos desempregados tem menos de 35 anos. Analistas dizem que, como a Grécia e a Irlanda, Portugal está à beira de ter de pedir ajuda internacional. As informações são da Associated Press.