Grupos de homens armados com facas e pedaços de pau atacaram na noite de sábado manifestantes que marchavam em direção à sede da junta militar que atualmente governa o Egito, no Cairo, desencadeando violentos confrontos de rua que deixaram centenas de feridos. Forças de segurança dispararam bombas de gás para dispersar a multidão.

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Os conflitos de ontem surgem em meio à crescente tensão entre o conselho militar que assumiu o controle do país, após uma revolta popular ter derrubado Hosni

Mubarak, e ativistas que querem uma transição mais rápida para um regime civil.

Os militares já parecem impacientes com a pressão, acusando os manifestantes de traição e alertando-os contra “ferir os interesses nacionais”. A junta militar também pediu egípcios “honrosos” confrontem as ações que impedem um retorno para vida normal.

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Cerca de 10 mil pessoas partiram da praça de Tahrir, no Cairo, mas foram impedidos de chegar à sede do conselho militar, no bairro de Abbasiyah, por uma linha de barricadas do exército. Ao longo do caminho, eles gritavam os slogans contra a demora dos militares para implementar suas exigências.

A marcha coincidiu com o 59º aniversário do golpe militar de 1952, que derrubou a monarquia e trouxe uma série de militares ao governo, terminando com Mubarak. As informações são da AP.

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