Milhares de pessoas marcharam, neste sábado (15), no centro de Moscou, contra a “ocupação” da Crimeia e a política do Kremlin, enquanto grupos de nacionalistas defendem, em outro ponto da cidade, a ação do presidente [Vladimir] Putin nesta região da Ucrânia.

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“Pela vossa e pela nossa liberdade!” lia-se em uma faixa que encabeçava a manifestação convocada pela oposição ao presidente russo.

A marcha, que partiu da Praça Pushkin em direção à Avenida Sakarov, reuniu cerca de 20 mil pessoas segundo estimativas das agências de notícias internacionais. No início do desfile a polícia contava cerca de 3 mil pessoas.

“Não toquem na Ucrânia”, “Não à guerra”, estampavam os cartazes empunhados por pessoas de todas as idades com bandeiras russas e ucranianas. “A Crimeia é Ucrânia. Mesmo que a maioria dos seus habitantes seja russa devem resolver os problemas com o seu Estado. A Rússia não tem nada a ver com isso”, disse Alla, uma professora de 71 anos. “É uma guerra, uma ocupação, é inaceitável da parte de um Estado civilizado”, acrescentou.

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Os manifestantes entoaram slogans como “Não ao poder dos tchequistas” – membros dos serviços secretos – ou “Navalny”, o nome do principal opositor do presidente Vladimir Putin que está em prisão domiciliar em Moscou. A marcha foi acompanhada por um forte esquema policial.

Nas praças da Revolução e do Kremlin, cerca de 15 mil pessoas responderam ao apelo das organizações nacionalistas em apoio à política do presidente Vladimir Putin.

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As autoridades locais da Crimeia, no Sul da Ucrânia, não reconhecem o novo governo de Kiev e agendaram para amanhã (16) um referendo sobre a anexação da península à Rússia. Forças pró-russas começaram a assumir posições estratégicas na Crimeia, território predominantemente habitado por russos, após a destituição do presidente Viktor Ianukóvich no último dia 22 de fevereiro.