Grupos reformistas da Igreja Católica marcharam hoje na Praça da São Pedro para exigir que o Vaticano inicie discussões sobre a ordenação de mulheres como sacerdotes, além de criticar a forma como foi tratada a crise por causa dos abusos sexuais cometidos por padres.

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Representantes de cinco grupos católicos reformistas se manifestaram nas vésperas dos três dias de encerramento do ano sacerdotal, declarado pela Igreja. Funcionários da Santa Sé disseram que o papa Bento XVI poderia oferecer desculpas pelas violações e abusos sofridos pelas crianças nas mãos dos sacerdotes.

O grupo Conferência pela Ordenação de Mulheres disse que o Vaticano não deveria celebrar o sacerdócio ao mesmo tempo em que “fecha os olhos quando os homens em suas fileiras destroem as vidas de crianças e famílias”. “Enquanto a hierarquia dedica seu tempo a encobrir escândalos e realizar grandes festejos, as mulheres católicas trabalham pela Justiça e pela conquista de mudanças positivas no mundo”, disse Erin Saiz Hanna, diretora executiva da conferência.

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Entre os manifestantes havia duas mulheres excomungadas por terem sido ordenadas como sacerdotes, além de representantes do Somos a Igreja, um grupo reformista criado na Áustria após um caso escandaloso de abuso envolvendo um falecido arcebispo de Viena.