O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou nesta terça-feira que aceita a decisão da justiça local de investigar a ligação de seu nome com offshores citadas no Panama Papers.

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Macri afirmou em coletiva que está “à disposição” do juiz federal Sebastián Casanello no que se refere aos pedidos do magistrado à justiça do Panamá e das Bahamas para colocar uma lupa sobre companhias nas quais o presidente tem o nome citado.

“Temos todos que fazer os procedimentos necessários para confirmar aquilo que é verdade ou não”, afirmou o presidente, sustentando que não cometeu nenhuma irregularidade.

A suspeita é que o presidente tenha omitido intencionalmente sua participação em offshores para não recolher impostos. Macri aparece como membro da diretoria da companhia Fleg Tranding LTD, com sede em Bahamas, o que não é negado pelo presidente. Segundo ele, trata-se de um negócio familiar, do qual ele não era acionista e que não recebia nenhuma remuneração por sua participação, explicando o porquê de não mencionar a empresa na sua declaração de impostos.

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Casanello pretende determinar se Macri figura ou não como acionista através de registros bancários com seu nome ou de pessoas ligadas a ele através de atividades comerciais e financeiras. A Fleg Tranding LTD foi registrada no país caribenho na década de 1990 com objetivos de investir no Brasil, mas os aportes não foram realizados e a empresas teve suas atividades encerradas em 2009.

O presidente também declarou que a justiça deve trabalhar de “forma independente” neste caso e também nas denúncias que recaem sobre sua antecessora, Cristina Kirchner, acusada de enriquecimento ilícito, falsificação de documentos e fraude contra o Estado. Fonte: Associated Press.

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