Líder da Irmandade Muçulmana diz que defenderá legitimidade de Mursi

O líder religioso da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badia, disse hoje que defenderá a legitimidade do presidente do Egito, Mohammed Mursi, que é alvo de protestos violentos devido a decretos que aumentam seu poder e à nova Constituição.

As manifestações contra o mandatário acontecem há duas semanas e tiveram seus dias mais violentos nesta semana, quando os opositores entraram em choque com governistas. Na quarta, sete pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

Em entrevista coletiva, Badia pediu que todos os grupos da sociedade egípcia se reconciliem e dialoguem sobre o futuro do país, mas afirmou que o grupo continuará defendendo o presidente, que é do Partido Liberdade e Justiça, braço político da Irmandade.

“Faz sentido que saiam à rua para pedir a queda do presidente? Nós defenderemos a legitimidade custe o que custar. O que acontece atualmente é uma rivalidade política e a solução democrática para isso é recorrer ao povo através das urnas e não através da violência”.

Badia também acusou os opositores de fazerem “sabotagem e vandalismo” em relação às 39 sedes da Irmandade Muçulmana que foram atacadas desde 22 de novembro, quando Mursi promulgou os decretos aumentando seu poder.

Ele disse que, apesar de boa parte da população odiar o grupo, a unidade do Egito deve ser preservada e as ideias devem ser colocadas sem imposição. “Nós permaneceremos com os que desejem o diálogo. O que acontece no Egito não é oposição, mas algo que carece de legitimidade e a que deve se resistir”.

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