Líder da Al-Qaeda no Iêmen é morto em ataque áereo dos EUA

O grupo extremista Al-Qaeda afirmou que o segundo no comando da organização foi morto em um ataque aéreo no Iêmen comandado pelos Estados Unidos – esse é o maior golpe no grupo terrorista desde que Osama Bin Laden foi morto em uma operação dos EUA no Paquistão, em 2011.

Um vídeo gravado no domingo e divulgado nesta terça-feira confirmou a morte de Nasser al-Wuhayshi, que era o líder da Al-Qaeda na Península Arábica, a AQAP, filial da organização no Iêmen.

Na segunda-feira, o governo norte-americano afirmou que estava examinando se a morte de al-Wuhayshi era confirmada ou não.

A morte de Wuhayshi foi anunciada em comunicado pelo comandante da AQAP, Khaled Batarfi, que não informou quando o ataque aéreo ocorreu. Ele afirmou que, apesar do ataque significar uma perda para a Al-Qaeda, a organização se manteria forte.

“A jihad acabou? Sua força acabou? A vontade de resistir e lutar morreu entre os muçulmanos? Não, a morte deste líder nos leva a ser mais determinados”, disse no vídeo.

A AQAP foi responsável por diversos ataques terroristas, incluindo o que ocorreu no jornal satírico francês Charlie Hebdo, no início deste ano, em Paris. Nos últimos anos, tentou diversos ataques contra os Estados Unidos e linhas aéreas internacionais ao esconder explosivos em sapatos e roupas íntimas.

O governo norte-americano havia oferecido uma recompensa de US$ 10 milhões por informações que levassem ao paradeiro de Wuhayshi, fazendo dele um dos terroristas mais procurados pelo país.

“A morte de Wuhayshi é ‘bem-vinda’ para a segurança nacional dos Estados Unidos, mas não é um ‘golpe fatal’ na AQAP”, disse Bruce Riedel, ex-assessor de quatro presidentes do país em segurança nacional.

“A morte de líderes nunca derrotou a Al-Qaeda, disse. “Dado o caos no Iêmen, hoje a AQAP é mais forte do que nunca, mesmo sem Wuhayshi”, comentou.

Wuhayshi era secretário pessoal de Osama Bin Laden. Ele escapou de uma prisão no Iêmen em 2006 e assumiu o controle do grupo em 2009, revivendo a filial saudita da Al-Qaeda. Fonte: Dow Jones Newswires.

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