Legistas acham corte no joelho de menina morta na Itália

Legistas encontraram um profundo corte no joelho esquerdo da menina Giuliana Favaro, de 2 anos, morta no sábado nas águas do Rio Monticiano, em Oderzo, no norte da Itália. O detalhe, revelado ontem por jornais locais, foi interpretado de formas distintas pelos procuradores envolvidos no caso e pela defesa da garçonete brasileira Simone Moreira, de 23 anos, presa sob a suspeita de ter matado a filha. Para a acusação, esse é mais um indício de que a queda da garota não foi acidental. O advogado de Simone, por sua vez, diz se tratar de um sinal de que a criança caiu sozinha.

Por meio do exame de reação vital, peritos concluíram que Giuliana estava viva quando machucou o joelho. Os exames toxicológico e nas vísceras só devem ficar prontos no fim do mês. O que mais chamou atenção dos procuradores, no entanto, foi o fato de o corpo da garota não apresentar ferimentos externos – uma característica de quedas acidentais. No ponto em que Giuliana teria caído, diz o jornal “La Tribuna di Treviso”, há duas hastes metálicas que certamente causariam ferimentos, caso ela tivesse mesmo escorregado.

Os peritos criminais de Oderzo também voltaram ontem à praça em que a brasileira diz ter perdido a filha de vista. No lado oposto do rio, notaram a presença de uma estreita escada de pedra, facilmente acessível. Os exames realizados no corpo sugerem que Giuliana permaneceu ao menos uma hora nas águas geladas do rio, antes de ser resgatada, ainda com vida. A causa da morte teria sido “asfixia por afogamento”.

Hoje, Simone deve ser interrogada por um juiz na carceragem em que está presa, na cidade vizinha de Belluno. O advogado dela, Antonio Forza, defende que o depoimento seja adiado, pois sua cliente não tem condições psicológicas de falar sobre o caso.

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