Um dia antes da reunião do Conselho de Segurança da ONU votar uma resolução que ameaça impor sanções às autoridades sírias, Ban Ki-moon e Kofi Annan viajaram à Rússia e China para pedir consenso entre os países com poder de veto.

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A resolução, proposta por Reino Unido, EUA, França e Alemanha, estenderia a atual missão de observadores não armados da ONU por 45 dias (ela expira no próximo dia 20). Coloca ainda o atual plano de paz do enviado especial Kofi Annan sob o capítulo 2 da Carta da ONU, que permite ao Conselho de Segurança autorizar ações que vão de sanções econômicas e diplomáticas à intervenção militar no país.

A resolução também estabelece que a Síria vai ser submetida a sanções se não retirar suas tropas e armas pesadas das principais cidades em até dez dias a partir da adoção do texto.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou a Annan que fará tudo o que puder para ajudar na implementação do plano de paz na Síria.

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Depois de reunião fechada à imprensa entre autoridades russas e Annan, Serguéi Lavrov, ministro das Relações Exteriores, disse que a Rússia está disposta a entrar em consenso com os outros países do Conselho na próxima reunião: “Já conseguimos alcançar um difícil consenso na conferência de paz de Genebra no mês passado. Não vejo razão para não fazermos na próxima reunião do Conselho de Segurança”.

China

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Assim que chegou a Pequim, hoje, o líder da ONU Ban Ki-moon pediu uma ação rápida e unificada do Conselho de Segurança sobre a Síria.

Ban se reunirá com o presidente chinês, Hu Jintao, na quarta e tentará convencê-lo a apoiar uma ação mais rigorosa da ONU frente ao governo de Bashar Assad.