Washington
– O senador John Kerry, candidato democrata à Casa Branca, disse que tem “grande afeição pelo Brasil”, compreende “a importância do papel que o Brasil desempenha no hemisfério e no mundo” e, se eleito, quer “trabalhar de perto com o presidente Lula”. A declaração, feita à revista Poder – um mensário editado em Miami e dirigido ao empresariado de origem latina nos Estados Unidos -, é a primeira em que o contendor do presidente George W. Bush nas eleições de 2 de novembro aborda o relacionamento entre os dois países além das palavras simpáticas que dedicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Em entrevista que deu no mês passado ao programa de televisão “Oppenheimer Presenta”, do colunista Andrés Oppenheimer, do Miami Herald, Kerry manifestou-se “impressionado” com Lula “pela maneira como chegou ao poder através do povo, por suas raízes “. Ele elogiou também o líder brasileiro pela forma “incrivelmente responsável” como conduziu as políticas monetária e fiscal, dizendo que isso “mostrou uma grande coragem e surpreendeu a alguns com o rumo que tomou”.
A entrevista de Kerry a Oppenheimer foi mais notada em Brasília porque ele classificou o presidente Vicente Fox, do México, como “o principal líder da América Latina”. Uma frase que provocou gestões junto à campanha de Kerry para não a repetir.