Julgamento pode definir rumo de processos contra GM por falha em ignição

Um julgamento civil que deve ter inicio este mês em Nova York irá testar os limites legais de centenas de alegações que ainda restam contra a General Motors por conta de defeito nos sistemas de ignição dos carros.

O julgamento envolve um homem de Oklahoma que culpa a falha na ignição pelo fato de os air bags em seu carro não terem funcionado durante um acidente. É o primeiro julgamento que resultará das centenas de processos contra a GM depois que a gigante automobilística convocou um recall sem precedentes ao revelar em 2014 que conhecia as falhas na ignição de carros.

O defeito, detectado em veículos produzidos por diferentes marcas da General Motors há uma década, provoca o desligamento repentino e involuntário do veículo, o que também significa a desconexão dos sistemas de segurança, como o air bag.

A GM pagou cerca de US$ 600 milhões para encerrar 399 processos, embora o fundo criado pela companhia tenha rejeitado mais de 90% das mais de 4 mil reclamações que recebeu, segundo dados da empresa.

Nas últimas semanas, o juiz Jesse M. Furman tomou decisões que impedem a GM de tomar a saída mais fácil para a crise e forçar que processos sejam rejeitados. O juiz recusou o argumento da companhia para excluir evidências relacionadas a processos por danos dizendo que o atraso da GM em fazer o recall dos veículos defeituosos representou uma conduta perigosa, a qual gerou risco de sérios ferimentos ou de mortes.

A General Motors informou que ainda enfrenta 217 processos judiciais por morte ou ferimentos nos Estados Unidos e no Canadá, além, de 122 processos alegando que os recalls diminuíram o valor dos veículos para seus donos. Fonte: Associated Press.

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