Um juiz militar negou um pedido da defesa para adiar o julgamento de Salim Hamdan, o ex-motorista do líder terrorista Osama bin Laden. O início das audiências está marcado para o dia 14 de julho e o julgamento deverá começar uma semana depois, na prisão da base militar americana da Baía de Guantánamo.
O advogado militar de Hamdan, Brian Mizer, pediu o adiamento. Ele argumenta que a recente decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, sobre os prisioneiros em Guantánamo, estabelece novos direitos para seu cliente iemenita. Mizer disse que queria mais tempo para tentar derrubar as acusações contra seu cliente, de que ele apoiou o terrorismo.
Segundo Mizer, o tribunal militar rejeitou a moção nesta quinta-feira (26) à noite. O julgamento de Hamdan deveria começar no dia 2 de junho, mas foi adiado para esperar a decisão da Suprema Corte sobre o status dos prisioneiros trancafiados em Guantánamo.
Mizer admite que Hamdan trabalhou para bin Laden, mas afirma que ele era apenas um subordinado de menor importância e não teve nenhum papel nos ataques terroristas contra os Estados Unidos e seus aliados. Já a acusação do governo dos EUA afirma que ele não só era o motorista de bin Laden como ajudou o líder terrorista a escapar da perseguição americana no Afeganistão, após os ataques de 11 de setembro de 2001.