Pessoas próximas à família Lanza descrevem Adam, 20, como um garoto excessivamente tímido e inteligente, que, contudo, não parecia uma pessoa agressiva.

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A polícia ainda procura um motivo para Adam ter matado sua mãe e, logo depois, ter dirigido até a escola primária Sandy Hooks, onde ela trabalharia – e onde ele havia estudado há muitos anos – e disparasse diversos tiros no local, matando 20 crianças e seis funcionários.

Segundo investigação das autoridades, Adam Lanza sofria de transtorno social e tomava medicação. Descrito como um bom aluno, graduou-se no ensino superior em 2010, e era visto entre seus colegas como um garoto solitário e quieto, que costumava andar com as mãos nos bolsos e parecia se sentir extremamente desconfortável em público.

Sua fotografia não aparece no tradicional anuário que graduandos recebem o ensino básico nos EUA. Acima do seu nome, consta um espaço vazio onde se lê “camera shy” (tímido em frente às câmeras).

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De acordo com o jornal inglês “Daily Mail”, a única atividade social em que ele se engajava ultimamente era uma comunidade de jogos on-line que mantinha com amigos, na qual se conectavam em suas residências.

Uma mulher que vivia na mesma rua que a família Lanza afirma, segundo o “Washington Post”, que Adam não havia se envolvido em nenhum incidente do qual ela se lembrasse, mas que “era socialmente deslocado. Nunca te olhava nos olhos”.

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Divórcio

Tanto Adam quanto seu irmão mais velho, Ryan, 24 – que foi tido inicialmente como assassino, pela mídia, devido a uma identificação na roupa que o atirador usava – ficaram abalados com a separação dos pais, formalizada em 2009, segundo relatos de conhecidos a jornais norte-americanos.

O pai, Peter Lanza, um executivo da General Electric, se mudou da grande casa onde a família morava, cujo valor é estimado em mais de US$ 500 mil, para a cidade de Stamford, também em Connecticut, onde se casou em janeiro de 2011 com uma bibliotecária.

Ryan havia saído de casa em 2006, para fazer a faculdade. Após se formar, se mudou para Hoboken, Nova Jersey, trabalhando na vizinha Nova York. Adam e sua mãe, Nancy, dividiam a casa, a cerca de 7 km da escola onde ocorreu o massacre, desde então.

Nancy colecionava armas, todas legalmente adquiridas, segundo testemunhas ouvidas pela mídia dos EUA. Foi deste arsenal que Adam teria pegado duas pistolas em um rifle – este último, encontrado no carro, na cena do crime. O atirador teria usado apenas as duas pistolas no ataque.

Segundo a Associated Press, ao menos um pai de um aluno assegura que Nancy era professora substituta em Sandy Hook, mas seu nome não consta na lista de funcionários. Conhecidos a qualificavam como uma mãe carinhosa.

Cidade calma

O choque da comunidade de Newtown, de 27 mil habitantes, é possivelmente maior devido à reputação de tranquilidade que a cidade mantém. O local havia registrado apenas um homicídio na última década.