Terror em escola

Jovem que matou 27 pessoas nos EUA era tido como quieto

Pessoas próximas à família Lanza descrevem Adam, 20, como um garoto excessivamente tímido e inteligente, que, contudo, não parecia uma pessoa agressiva.

A polícia ainda procura um motivo para Adam ter matado sua mãe e, logo depois, ter dirigido até a escola primária Sandy Hooks, onde ela trabalharia – e onde ele havia estudado há muitos anos – e disparasse diversos tiros no local, matando 20 crianças e seis funcionários.

Segundo investigação das autoridades, Adam Lanza sofria de transtorno social e tomava medicação. Descrito como um bom aluno, graduou-se no ensino superior em 2010, e era visto entre seus colegas como um garoto solitário e quieto, que costumava andar com as mãos nos bolsos e parecia se sentir extremamente desconfortável em público.

Sua fotografia não aparece no tradicional anuário que graduandos recebem o ensino básico nos EUA. Acima do seu nome, consta um espaço vazio onde se lê “camera shy” (tímido em frente às câmeras).

De acordo com o jornal inglês “Daily Mail”, a única atividade social em que ele se engajava ultimamente era uma comunidade de jogos on-line que mantinha com amigos, na qual se conectavam em suas residências.

Uma mulher que vivia na mesma rua que a família Lanza afirma, segundo o “Washington Post”, que Adam não havia se envolvido em nenhum incidente do qual ela se lembrasse, mas que “era socialmente deslocado. Nunca te olhava nos olhos”.

Divórcio

Tanto Adam quanto seu irmão mais velho, Ryan, 24 – que foi tido inicialmente como assassino, pela mídia, devido a uma identificação na roupa que o atirador usava – ficaram abalados com a separação dos pais, formalizada em 2009, segundo relatos de conhecidos a jornais norte-americanos.

O pai, Peter Lanza, um executivo da General Electric, se mudou da grande casa onde a família morava, cujo valor é estimado em mais de US$ 500 mil, para a cidade de Stamford, também em Connecticut, onde se casou em janeiro de 2011 com uma bibliotecária.

Ryan havia saído de casa em 2006, para fazer a faculdade. Após se formar, se mudou para Hoboken, Nova Jersey, trabalhando na vizinha Nova York. Adam e sua mãe, Nancy, dividiam a casa, a cerca de 7 km da escola onde ocorreu o massacre, desde então.

Nancy colecionava armas, todas legalmente adquiridas, segundo testemunhas ouvidas pela mídia dos EUA. Foi deste arsenal que Adam teria pegado duas pistolas em um rifle – este último, encontrado no carro, na cena do crime. O atirador teria usado apenas as duas pistolas no ataque.

Segundo a Associated Press, ao menos um pai de um aluno assegura que Nancy era professora substituta em Sandy Hook, mas seu nome não consta na lista de funcionários. Conhecidos a qualificavam como uma mãe carinhosa.

Cidade calma

O choque da comunidade de Newtown, de 27 mil habitantes, é possivelmente maior devido à reputação de tranquilidade que a cidade mantém. O local havia registrado apenas um homicídio na última década.

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