John McCain deverá enfatizar experiência em discurso

John McCain aceitará na noite desta quinta-feira (4) a nomeação do Partido Republicano para ser candidato à Presidência dos Estados Unidos, após a candidata a vice na sua chapa, a governadora do Alasca Sarah Palin, ter declarado ser ele o único líder capaz de conduzir o país em um período cheio de problemas domésticos e internacionais. O veterano senador pelo Arizona, de 72 anos, discursará na quarta e última noite da convenção nacional dos republicanos, enfatizando sua experiência como piloto de combate na Guerra do Vietnã, como prisioneiro de guerra e como um senador determinado a modificar Washington.

McCain afirma que seu rival democrata, o senador Barack Obama, tem pouca experiência em política externa, segurança nacional e administração. McCain será nomeado após a chamada para a votação Estado por Estado, uma tradição que pavimentará uma volta ao centro da disputa política, depois do veterano senador lançar sua pré-candidatura há doze meses e quase perder de novo, como ocorreu em 2000, quando ele foi derrotado nas primárias republicanas pelo então governador do Texas, George W. Bush.

“Na política, existem alguns candidatos que usam a mudança para promover suas carreiras. E existem aqueles como John McCain, que usam suas carreiras para promover a mudança”, disse Palin, em uma alfinetada ao slogan de campanha de Obama. Os contrastes entre as chapas democrata e republicana produziram uma das mais acirradas campanhas eleitorais para a presidência em tempos recentes nos EUA.

Obama, um senador por Illinois com 47 anos, será, se eleito, o primeiro presidente negro da América. McCain, senador pelo Arizona, sobrevivente ao câncer e à guerra, será o mais idoso presidente norte-americano em primeiro mandato, caso vença a eleição. Sua candidata a vice Palin será, se a chapa republicana vencer, a primeira mulher na vice-presidência dos EUA.

McCain era favorito para a nomeação desde o início, mas sua pré-candidatura quase entrou em colapso por causa das suas opiniões sobre a imigração e outros temas que irritaram os conservadores da base republicana. Seu pedido por mais tropas para o Iraque foi rejeitado por muitos norte-americanos. Mas sua campanha foi relançada a partir do momento em que o presidente George W. Bush concordou em enviar mais 30 mil soldados ao Iraque e a violência caiu no país do Oriente Médio.