O tsunami que varreu a costa japonesa em março de 2011 levou consigo um título pelo qual o país asiático costumava ser lembrado: o de população feminina mais longeva.

continua após a publicidade

Essa coroa estava no cocuruto das japonesas há 26 anos, de acordo com rankings globais de expectativa de vida. Na semana passada, o governo japonês lamentou a queda, culpando o desastre e o aumento nos suicídios.

Com as quase 20 mil mortes ou desaparecimentos, a expectativa de vida feminina caiu 0,4 ponto no Japão, ficando com 85,9 anos. Em Hong Kong, o índice é 86,7.

Os homens japoneses vivem em média 79,44 anos, o que significa um empate com os italianos. Os mais longevos são os suíços, com 80,2.

continua após a publicidade

No Brasil, dados do IBGE dão conta de que mulheres tinham expectativa de vida de 77,32 anos, em 2010. O número para homens era 69,73.

O Japão é o 10º país mais populoso do mundo. Com avanços no sistema de saúde e uma taxa de natalidade em declínio, essa nação asiática tornou-se também uma das sociedades mais velhas e de envelhecimento mais veloz.

continua após a publicidade

É uma tendência particularmente acentuada no nordeste do arquipélago, em que a falta de postos de trabalho já havia afugentado jovens.

Pesquisa

O conceito de “expectativa de vida ao nascer” se refere ao número de anos que um recém-nascido deve viver caso as circunstâncias atuais permaneçam as mesmas.

Outros desastres já tinham tido impacto semelhante nesse índice, incluindo pandemias, guerras mundiais e demais eventos de mortalidade.

Especialistas apontam que nas próximas pesquisas as japonesas devem recuperar a coroa das mais longevas. Mas é necessário ter cautela, se quiserem manter esse título.

Altas taxas de fumo, suicídio e massa corporal têm recentemente colocado o mérito de viver mais em risco no país.

Além disso, a expectativa de vida tem seu revezes, como a manutenção do sistema de saúde. Mais de uma a cada cinco pessoas no Japão são mais velhas do que 65 anos. Na área rural, uma a cada três.