Milhares de trabalhadores em greve realizaram passeatas nesta sexta-feira (12) em mais de 50 cidades italianas em protesto contra reformas do governo que, afirmam, corroem seus direitos.

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A greve geral, que provocou o fechamento de diversos serviços básicos em toda a Itália, é a primeira organizada pelas duas maiores confederações sindicais contra o governo de centro-esquerda, que tradicionalmente é aliado aos sindicatos.

O primeiro-ministro Matteo Renzi disse que o direito à greve deve ser protegido, mas afirmou que a linha mais dura de seu governo é necessária para fazer com que a economia volte a crescer e a criar empregos.

“O futuro pertence não àqueles que têm medo de mudanças, mas àqueles que têm a coragem e o desejo de mudar”, declarou Renzi durante um fórum de negócios de Istambul.

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Num sinal de desentendimento interno na legenda, alguns integrantes do Partido Democrático se juntaram às passeatas. Stefano Fassina, ex-vice-ministro da Economia, disse à emissora Sky TG24 que considera importante que alguém do partido marchasse ao lado dos trabalhadores.

A líder da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL, na sigla em italiano), Susanna Camusso, liderava uma passeata de protesto na cidade de Turin, norte do país, onde fica a sede da Fiat, um símbolo do encolhimento industrial da Itália.

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Camusso declarou que a mudança precisa ser feita “com, e não contra o povo” e que o governo deveria prestar atenção às vozes dos manifestantes.

Os sindicatos protestam contra os cortes de gastos e as reformas no mercado de trabalho que tornarão mais fácil para as empresas demitirem funcionários. A greve geral criou uma situação de caos, já que os transportes locais, escolas, portos e outros serviços fecham em horários alternados.

Fonte: Associated Press.