Israelenses miram prédios do governo do Hamas; mortos palestinos chegam a 38

Prédios do governo do movimento radical islâmico Hamas foram os principais alvos dos cerca de 200 ataques aéreos realizados pelo Exército de Israel à faixa de Gaza, desde o amanhecer.

Entre os imóveis atingidos estavam o escritório do premiê Ismail Haniyeh, a sede do Ministério do Interior e a sede da polícia. Em comunicado, o governo do Hamas informou que os danos não afetarão os serviços à população.

Segundo autoridades palestinas, ao menos 38 palestinos, sendo oito crianças, morreram desde o começo da operação israelense Pilar de Defesa, na quarta-feira. O Ministério da Saúde do Hamas afirma haver 330 feridos. Do lado israelense, três militares morreram num ataque de foguete, na quinta. Hoje, quatro soldados sofreram ferimentos leves em decorrência da explosão de um foguete, em Eshkol.

Essa atual escalada de tensão, detonada com a operação, na quarta, atingiu o pico ontem, quando os foguetes das milícias palestinas miraram Jerusalém pela primeira vez em décadas, errando em cerca de 20 km o Knesset (Parlamento). No mesmo dia, a capital israelense, Tel Aviv, teve o alarme antiaéreo disparado pelo segundo dia consecutivo.

O fato de essas duas grandes cidades estarem na linha de tiro do Hamas aumenta a probabilidade de o Estado judaico realizar uma invasão por terra. Dezenas de tanques já foram enviados para a fronteira, e ao menos 30 mil militares reservistas foram convocados. Até mais 45 mil poderão ser convocados, conforme determinação do gabinete do premiê Binyamin Netanyahu.

Soldados israelenses permanecem em formação perto da fronteira com a faixa de Gaza. Também após as ameaças a Jerusalém e Tel Aviv, o Exército deslocou uma das baterias do seu sistema antimísseis, o Domo de Ferro, no centro do país.

Há alguns anos, os foguetes palestinos eram construídos apenas com materiais brutos contrabandeados para Gaza. Entretanto, mais recentemente, houve contrabando de mísseis mais sofisticados, de maior alcance, de fabricação iraniana e líbia, de acordo com a inteligência israelense.

O chanceler da Tunísia, Rafik Abdesalem, visita Gaza hoje, para demonstrar solidariedade árabe. Ontem, o premiê egípcio esteve no território.

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