Israelenses matam líder do Hamas na Cisjordânia

Soldados israelenses mataram hoje um líder do Hamas durante um ataque à Cisjordânia, região onde a violência aumentou desde o início da nova rodada de conversações de paz, iniciadas neste mês. O Hamas prometeu vingar a morte de Iyad Abu Shilbaya, de 37 anos, um líder local do braço armado do grupo na cidade de Tulkarm, no norte da Cisjordânia. “O sangue de nosso mártir será uma maldição”, disse o porta-voz militar do Hamas, Abu Obeida.

Ele culpou tanto Israel quando os rivais do Hamas – a Autoridade Palestina – pelo assassinato. Militares israelenses tentavam deter Abu Shilbaya, em Tulkarm, quando ele correu na direção dos soldados, ignorando as ordens para parar. Os soldados disseram temer que ele tivesse uma arma e atiraram contra ele.

O irmão de Iyad Abu Shilbaya, Mutasim Abu Shilbaya, disse que os soldados invadiram a casa de seu irmão por volta as 3 horas e o mataram em sua cama. Uma esteira do quarto e a cama tinham manchas de sangue.

O Exército de Israel disse que Abu Shilbaya era procurado por “atividades recentes”, mas não forneceu maiores detalhes. Um comunicado do Hamas diz que Abu Shilbaya cumpriu várias penas em prisões israelenses e palestinas e que foi responsável por liderar vários ataques militantes, mas não forneceu mais informações.

Após a morte de Abu Shilbaya, soldados israelenses e forças da Autoridade Palestina elevaram o alerta de segurança e estabeleceram postos de controle separados em estradas que levam a Tulkarem, parando carros e verificando documentos pessoais.

Ainda assim, cerca de 3 mil simpatizantes do Hamas se reuniram durante o funeral de Abu Shilbaya, portando bandeiras verdes do grupo e pedindo por vingança”. Foi a maior e mais arrojada reunião de partidários do Hamas na Cisjordânia em três anos.

O Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza, em 2007, expulsando os partidários da Autoridade Palestina. Após este ato, a Autoridade Palestina consolidou seu governo na Cisjordânia, embora Israel mantenha a segurança no território por meio da ocupação militar.

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