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Israel responde a foguete e ataca alvos em Gaza

O Exército de Israel reforçou ontem a presença de tropas na Cisjordânia e próximo à Faixa de Gaza, um dia após o anúncio de um plano de paz do governo americano para o Oriente Médio. Após a divulgação do reforço, Israel reportou o disparo de um foguete da Faixa de Gaza contra o sul de Israel – sem deixar feridos. O comando militar israelense disse que revidou e atacou alvos do Hamas no território palestino, sem dar detalhes.

Ontem, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, realizou uma reunião de emergência de líderes palestinos – incluindo representantes do Hamas. Após o encontro, eles reafirmaram que não aceitarão o plano americano. Abbas anunciou ainda que falará sobre o tema no Conselho de Segurança da ONU, em duas semanas.

Ontem, o gabinete do premiê israelense descartou a possibilidade de votar a anexação dos assentamentos e do Vale do Jordão no domingo, como havia prometido Netanyahu. Segundo Yariv Levin, ministro do Turismo, não há tempo para que a proposta seja avaliada.

Netanyahu retorna hoje a Israel com duas vitórias na bagagem. Além do acordo favorável com os EUA, ele conseguiu ontem do presidente russo, Vladimir Putin, o indulto a Naama Issachar, uma israelense condenada a 7 anos e 6 meses de prisão por tráfico de drogas na Rússia.

Netanyahu espera que suas duas conquistas mudem os rumos da eleição de março – por enquanto, pesquisas apontam para o mesmo impasse das últimas duas votações, um Parlamento fragmentado e sem nenhum grupo político capaz de formar um governo.

Apesar de uma reação fria dos países árabes, o acordo de paz de Trump recebeu o apoio ontem do governo brasileiro. Em nota, o Itamaraty disse que o acordo é “realista”, “ambicioso” e “compatível com os princípios constitucionais que regem a atuação externa do Brasil”. “O governo brasileiro saúda o plano de paz e prosperidade, apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que configura uma visão promissora para retomar o caminho rumo à tão desejada solução do conflito israelense-palestino.” (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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