O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse nesta quinta-feira em um hotel em Nova York, a diplomatas que representam 15 países da Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles 9 de nações do Conselho de Segurança, que o novo governo de unidade nacional dos palestinos, formado pelo movimento Fatah de Mahmoud Abbas e pelo movimento Hamas, de Khaled Meshal, é um retrocesso para uma possível retomada nas negociações de paz entre Israel e os palestinos.
Lieberman disse que o acordo assinado nesta semana entre os dois principais movimentos palestinos “não contribui para o avanço das negociações de paz ou para o bem-estar do povo palestino”. Para ele, o acordo “reflete os interesses pessoais” de Abbas e de Meshal, disse à agência France Presse.
“Israel não aceitará um governo palestino que inclua o Hamas, a não ser que mudem suas políticas atuais, reconheçam o direito de Israel existir e aceitem todas as condições do Quarteto”, acrescentou o chanceler israelense, referindo-se ao Quarteto de Madri para o Oriente Médio (EUA, União Europeia, ONU e Rússia).
Lieberman, que nesta semana esteve em Washington, onde se reuniu com a secretária de Estado americana Hillary Clinton, também pediu que o Conselho de Segurança adote medidas contra o Irã.
“Israel mantém todas as opções sobre a mesa” em relação ao Irã, disse, para o caso dos embargos econômicos ocidentais não conseguirem deter o programa nuclear iraniano. Israel e o Ocidente dizem que o Irã tenta construir uma bomba atômica. O Irã nega.
As informações são da Dow Jones.