Israel prende quadrilha acusada de tráfico de órgãos

Seis israelenses foram detidos sob a suspeita de comandarem uma rede internacional de tráfico de órgãos humanos. Eles também teriam quebrado promessas feitas a doadores, de pagar às pessoas que tiveram seus rins removidos, disse a polícia de Israel nesta quarta-feira.

A polícia também afirmou ter evitado que vários possíveis doadores tivessem extraídos seus rins, interceptando algumas dessas pessoas no Aeroporto Internacional Ben-Gurion antes que elas viajassem ao exterior para as cirurgias. Os traficantes ofereciam até US$ 100 mil por rim, mas pelo menos em dois casos não pagaram aos doadores após os órgãos terem sido removidos, disse a polícia.

O número real de transplantes não é conhecido, disse o porta-voz da polícia de Israel, Michael Rosenfeld. Ele acrescentou que “dezenas” de potenciais doadores foram recrutados através de anúncios. Os doadores viajavam à Europa, América do Sul e Sudeste Asiático, onde os órgãos eram extraídos. Frequentemente, eles voltavam a Israel de mãos vazias e com problemas de saúde, informou a polícia. A venda de órgãos é proibida em Israel.

Um dos suspeitos presos é um general da reserva do Exército de Israel. Segundo a polícia, mais detenções deverão ocorrer, após um mês de investigações sobre as atividades da quadrilha. A polícia afirma ter notificado vários supostos doadores logo antes das datas das cirurgias, bem como algumas pessoas que deixaram Israel para fazer as cirurgias e outras que foram impedidas de viajar no Aeroporto Internacional Ben-Gurion em Tel-Aviv, disse Rosenfeld.

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