Israel estuda reduzir bloqueio marítimo à Faixa de Gaza

O gabinete de Israel reuniu-se na ontem em busca de “soluções criativas” – nas palavras do próprio premiê, Binyamin Netanyahu – ao bloqueio à Faixa de Gaza. Israel está sob crescente pressão para levantar o cerco ao território desde a tragédia que envolveu a Frota da Liberdade. O encontro, porém, ocorreu enquanto mais um navio com suprimentos, desta vez o irlandês Rachel Corrie, aproximava-se de Gaza.

Netanyahu voltou a afirmar que a embarcação será direcionada ao Porto de Ashdod, no sul de Israel. Segundo o premiê, “nem hoje, nem no futuro” Israel permitirá que navios furem o bloqueio. Ele disse, porém, que os mantimentos a bordo do barco irlandês serão entregues ao território após serem inspecionados.

As “soluções criativas” deveriam facilitar a entrada de ajuda humanitária, garantindo, no entanto, que o alívio do bloqueio não aumente o contrabando de armas ao Hamas. O grupo islâmico controla Gaza desde 2007, quando expulsou o rival Fatah do território mediterrâneo.

Segundo o Canal 2 da TV israelense, a ideia de reavaliar o cerco foi inicialmente discutida em uma reunião em Tel-Aviv entre Netanyahu e o ex-premiê britânico Tony Blair, atual enviado ao Oriente Médio do quarteto (grupo formado por EUA, Rússia, União Europeia e ONU).

O primeiro-ministro israelense estaria ainda considerando a possibilidade de envolver organizações internacionais no processo de inspeção dos carregamentos enviados a Gaza, revelou ontem o jornal israelense Haaretz.